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ICB-USP apresenta resultados animadores de fármaco contra hipertensão

Um novo medicamente em fase de testes pela Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), demostrou resultados animadores e eficazes em relação a hipertensão.

Os ratos com hipertensão que receberam a substancia chamada rostafuroxina melhoraram em 50% a sua capacidade de relaxamento das artérias, reduzindo significamente os índices de pressão arterial.

O resultados dos testes foram publicados Journal of Hypertension.

“A rostafuroxina é um fármaco antagonista das ações da ouabaína, hormônio responsável por fazer o controle fino do manuseio de sódio no rim, da volemia [quantidade de sangue circulando no corpo] e das concentrações intracelulares de cálcio nos vasos sanguíneos e no coração. Estudos anteriores mostraram que 45% dos pacientes hipertensos apresentam concentrações elevadas de ouabaína no plasma”, contou a pesquisadora Luciana Venturini.

A ouabaína é produzida em áreas específicas do sistema nervoso central e da glândula suprarrenal e é capaz de inibir a ação das enzimas Na+/K+/ATPase, conhecidas como bomba de sódio (Na+) e potássio (K+), existentes na membrana das células do ser humano e responsáveis por regular o transporte desses íons entre os meios intra e extracelular.

“A enzima Na+/K+/ATPase é de fundamental importância para manter a homeostasia [equilíbrio fisiológico da composição química dos fluidos] nas células. No caso dos vasos sanguíneos, ela controla as concentrações intracelulares de sódio e, como consequência, mantém as concentrações ideais de cálcio”, explicou Luciana.

Experimento

Na primeira semana de tratamento o grupo de ratos com hipertensão severa apresentou queda na pressão aterial. Após três semanas do experimento, o valor da pressão sistólica dos animais diminuiu e a pressão arterial passou a ser considerada como hipertensão leve.

“Estamos bastante esperançosos em relação aos resultados e acreditamos que a rostafuroxina possa em breve se tornar mais uma opção para tratar os quadros de hipertensão resistente, que geralmente requerem a associação de três ou mais drogas diferentes”, concluiu a cientista Luciana.

Com informações da Agência Fapesp