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9 Principais Sintomas do Diabetes: Como Tratar, Controlar e Reverter

O diabetes é uma doença relativamente famosa tanto no Brasil, quanto no mundo. A alta produção e consequentemente consumo de alimentos industrializados ricos em açúcar potencializou o surgimento desse problema de saúde em praticamente todo o globo, infelizmente dados da OMS – Organização Mundial da Saúde mostram que o problema tende a aumentar nos próximos anos. Antes de falarmos dos sintomas do diabetes, é preciso explicar exatamente o que é essa doença e quais são os seus diferentes tipos. Confiram.

O que é o diabetes

O diabetes é um problema de saúde que possui múltipla origem, decorrente principalmente da falta e/ou então ausência do famoso hormônio – insulina ou da incapacidade da insulina exercer de modo adequado seus efeitos, causando um aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue.

O diabetes pode acontecer também quando o pâncreas não consegue produzir insulina em quantidades suficientes para suprir as necessidades do organismo, ou porque o hormônio não é capaz de agir de modo realmente eficaz – o famoso problema de resistência à insulina.

Embora muita gente não saiba, a insulina promove a redução dos níveis de glicose no sangue ao permitir que o açúcar presente na corrente sanguínea seja levado para o interior das células para ser utilizado como fonte de energia.

A falta desse hormônio, ou seu funcionamento errôneo ou inadequado, ocorrerá aumento de glicose sanguínea, culminando na instalação do diabetes.

Diferentes tipos de diabetes

O diabetes pode ser de diferentes tipos. Dentre os principais estão:

  • Diabetes tipo 1;
  • Pré-diabetes;
  • Diabetes tipo 2;
  • Diabetes gestacional.

A seguir mostraremos suas diferenças

Diabetes tipo 1

Nesse tipo da doença. O pâncreas perde totalmente a capacidade de produzir insulina devido a um problema que ocorre no sistema imunológico. Nesse caso, os anticorpos reconhecem as células produtoras de insulina como inimigas e as atacam.

Pessoas com esse tipo da doença são chamadas de insulino-dependentes, pois precisam fazer uso do hormônio sintético uma vez que seu organismo não é capaz de produzi-lo.  O diabetes do tipo 1, ocorre em cerca de 10% das pessoas diabéticas.

Pré-diabetes

O pré-diabetes é na verdade uma condição de saúde que antecede o tipo 2 da doença. Na verdade, trata-se de um termo utilizado para indicar que o paciente em questão possui potencial para desenvolver o tipo 2 da doença, uma vez que no tipo 1 da doença não existe o pré-diabetes.

Para explicar essa condição de saúde precisamos explicar um pouco sobre níveis de glicemia no sangue.

Os níveis de glicose no sangue determinam o estado de saúde de uma pessoa, esses níveis podem ser medidos através de simples exames de sangue. Os exames de glicose são feitos em jejum, para que seja possível saber de modo exato como o organismo de uma pessoa está lidando com a quantidade glicose circulante.

Os níveis de glicemia são dispostos da seguinte maneira:

70 a 99 mg/dl – glicemia normal;

100 a 120 mg/dl – glicemia alterada, paciente considerado pré-diabético;

> 120 mg/dl –glicemia extremamente alterada, paciente diabético.

Diabetes tipo 2

No diabetes tipo 2 há uma combinação de fatores, a diminuição da secreção de insulina e um defeito no organismo conhecido como resistência à insulina. Normalmente o diabetes do Tipo 2 pode ser amenizado ou até mesmo neutralizado com a prática de atividades físicas e reeducação alimentar, no entanto é relativamente comum, pacientes fazerem uso de medicamentos orais ou injetáveis. O diabetes do tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes diabéticos.

Diabetes na gestão 

Como o nome já sugere, nesse tipo da doença ocorre o aumento da resistência à insulina durante o período gestacional, causando aumento dos níveis de glicose no sangue, podendo ou não persistir após o parto. Muitos estudos tentaram compreender a causa exata desse tipo da doença, mas ainda nenhum estudo concluiu de maneira exata o real motivo de sua ocorrência.

O que se sabe até agora, é que sua causa está relacionada de modo direto à resistência à insulina. Pacientes que continuam com o problema após o parto são consideradas portadoras do diabetes do tipo 2.

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes só ocorre após a realização dos seguintes exames:

  • Glicemia em jejum;
  • Hemoglobina glicada;
  • Curva glicêmica.

Glicemia em jejum

Esse exame tem como objetivo analisar os níveis de açúcar no sangue após períodos de jejum, pacientes diabéticos apresentam resultados superiores a 120 mg/dl.

Hemoglobina glicada

Esse exame tem como objetivo analisar a fração da hemoglobina que se liga a glicose durante o período de vida dos glóbulos vermelhos, que vivem por cerca de 90 dias até serem renovados.

Durante esse período a hemoglobina se incorpora à glicose em decorrência da elevada concentração de açúcar no sangue de pacientes diabéticos.

Curva glicêmica 

O exame de curva glicêmica tem como objetivo medir a velocidade com que o organismo é capaz de absorver a glicose após sua ingestão. O principal intuito da curva glicêmica é observar se há insulina funcionando no organismo de todo e qualquer paciente.

Apenas com o resultado desses exames em mãos será possível diagnosticar a presença do diabetes.

Sintomas do diabetes

Os sintomas do diabetes costumam ser um tanto quanto clássicos e preocupantes. Mostraremos a seguir quais são os principais. Confiram.

Aumento da produção de urina

O aumento da produção de urina é um dos sintomas do diabetes mais clássicos. Em condições normais de saúde, não há glicose na urina, pois ela é reabsorvida ao chegar nos túbulos renais de volta para o sangue.

No entanto quando a concentração de glicose no sangue aumenta, a quantidade de açúcar que chega aos rins é muito grande que esses órgãos não são capazes de preservar tudo, dessa forma há ocorrência de glicose na urina.

Como não é possível eliminar glicose pura, o rim precisa dilui-la em água para que seja eliminada, com isso, mais urina será produzida e consequentemente eliminada.

Aumento de sede

Se o paciente diabético urina de modo excessivo, mais água ele perderá. Isso causará desidratação, algo que consequentemente causará sede, nosso principal mecanismo de defesa quando estamos desidratados.

Cansaço excessivo

O cansaço é comum em pacientes diabéticos por duas causas:

  • Desidratação;
  • Falta de capacidade das células em receber glicose.

A glicose é a principal fonte de energia de nossas células, porém para que a glicose entre em nossas células é preciso que a insulina exerça seu papel. No diabetes tipo 1 a insulina não é existe ou é insuficiente, e no tipo 2 ela não funciona de modo adequado.

Dessa forma, sem ter seu principal combustível de funcionamento, o organismo fica praticamente sem energia, culminando num paciente extremamente cansado.

Perda de peso

A perda de peso é mais comum no diabetes tipo 1, embora possa ocorrer também no tipo 2.

A insulina também é responsável pelo armazenamento de gordura. Como há ausência de insulina no diabetes tipo 1, o paciente não armazena gordura perde a capacidade de produzir músculos. Como não há glicose para gerar energia, as células utilizam estoques de gordura e proteínas corporais para ter algum tipo de combustível para o seu funcionamento, ocasionando a perda de peso.

No diabetes tipo 2 isso também pode acontecer, porém de maneira lenta e gradual, ao contrário do diabetes tipo 1, que cessa a produção de insulina de modo rápido, por isso esse sintoma é mais característico no tipo 1 da doença.

Aumento da fome

Como as células não conseguem obter glicose para gerar energia, o organismo interpreta esse fato como se o paciente estivesse em jejum, por isso a sensação de fome aumenta e o diabético que não sabe que é portador ou faz controle da doença se sente sempre com fome.

O emagrecimento ocorre mesmo com o paciente comendo em maior quantidade, pois a glicose consumida é excretada na urina.

Vista embaçada

A vista embaçada é um sintoma clássico do diabetes. Isso ocorre devido ao excesso de glicose no sangue que causa um leve inchaço no cristalino ocular, conhecida como lente do olho, alterando sua forma, flexibilidade e principalmente diminuindo sua capacidade de foco, tornando a vista embaçada.

Quando a glicemia sanguínea está muito elevada a visão fica turva, mas volta a ficar normal quando a doença está controlada.

Cicatrização deficiente

O excesso de glicose no sangue faz com que o organismo tenha sua capacidade de cicatrizar feridas diminuídas. Como o organismo perde totalmente seu equilíbrio, sua capacidade de proliferação celular e geração de novos vasos sanguíneos se torna deficiente, resultado em processos de cicatrização imperfeitos.

Como lidar com os sintomas do diabetes?

Todos os sintomas do diabetes devem ser lidados de maneira conjunta. O primeiro passo é ir ao médico e realizar os exames que mostramos nesse artigo, somente dessa forma, a doença poderá ser diagnosticada e corretamente tratada.

No caso do diabetes tipo 1, o tratamento consiste basicamente na utilização de insulina que podem ser administradas de acordo com recomendação médica.

Já no caso do diabetes tipo 2, a doença pode ser facilmente amenizada e controlada com práticas de atividades físicas, reeducação alimentar, utilização de medicamentos orais ou injetáveis e em casos mais extremos, o uso insulina também pode fazer parte do tratamento.

O diabetes do tipo 2 está diretamente relacionado ao estilo de vida dos dias atuais, ou seja, pessoas que possuem má alimentação e são sedentárias. Por isso a importância e necessidade de cuidar de sua saúde de modo correto e adequado.

Cuide de seu corpo com amor e carinho, afinal você mora nele.

Possui mais alguma dúvida sobre diabetes ou conhece alguém que é portador da doença? Deixe um comentário, dessa forma podemos trocar informações inteligentes e relevantes sobre esse importante problema de saúde.